BNDES reformula sua estrutura interna

Objetivo é permitir que a instituição responda de maneira mais ágil aos novos desafios do desenvolvimento econômico e social do Brasil.

AFP PHOTO / VANDERLEI ALMEIDA

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta terça-feira a reformulação da estrutura de algumas de suas áreas chave, com objetivo de permitir que a instituição responda de maneira mais ágil aos novos desafios do desenvolvimento econômico e social do Brasil e às oportunidades proporcionadas pela liberalização da economia. As mudanças visam simplificar processos, inclusive na gestão da carteira de participações do sistema BNDES, e facilitar a atuação do Banco no apoio aos governos federal, estaduais e municipais, especialmente na área de infraestrutura. Elas procuram ainda proporcionar mais agilidade ao financiamento do setor empresarial, particularmente das pequenas e médias empresas, promovendo a inovação, melhora de gestão e aumento da produtividade da economia brasileira.

A atual diretoria de Investimento será reorganizada. A diretoria original será responsável pelas áreas de privatização, estruturação de projetos, desestatização e relacionamento institucional e internacional, atendendo todas as esferas de governo. Ficarão sob responsabilidade dessa diretoria as tratativas em torno da venda de ativos públicos, em particular os de infraestrutura, e a transferência da prestação desses serviços para o setor privado, inclusive no caso do saneamento. Essa área já está engajada com governos do Distrito Federal, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Alagoas e Amapá, entre outros. A diretoria terá ainda sob seu guarda chuva a participação do BNDES na estruturação da venda de ações da União em empresas privadas, como o IRB-Brasil e as debêntures da Companhia Vale do Rio Doce ora em curso, assim como a venda de outros ativos ou empresas, segundo demanda do Ministério da Economia e do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

A nova diretoria ora criada estará focada no alinhamento da carteira da BNDES Participações (BNDESPar) às recentes necessidades do Banco. Ela será responsável pela venda das participações já maduras, inclusive de fundos de investimentos, além de outras diretas em empresas listadas e não listadas. A área deverá contribuir ainda para o desenvolvimento de novos produtos em apoio às áreas de atendimento ao cliente e à promoção da inovação. O fomento dos mercados de capitais no país continuará um dos seus objetivos.

Para aumentar o foco no cliente, especialmente nas médias e pequenas empresas, a área industrial, ligada à diretoria de Empresas, também teve sua estrutura alterada. Será dividida em duas superintendências, que passarão a oferecer todo o portfólio do Banco aos clientes. A Área de Comércio Exterior terá sua estrutura reduzida passando a ser um departamento de produtos voltados à exportação.

A reformulação da estrutura do Banco não terá impacto nos gastos da instituição, pois os custos adicionais foram compensados com a redução de cargos e departamentos. Visando fortalecer a função executiva dos superintendentes e privilegiando a complementação de experiências, a diretoria também promoveu mudanças e rodízios nas posições.

Foram promovidos a superintendente Pedro Móes Iootty de Paiva, para a área de Planejamento (AP), Ana Christina Moreno Maia, para a área de Administração e Recursos Humanos (AARH) e Marcelo Marcolino para a área de Investimentos, Empreendedorismo e Garantias (AIEG). Complementando a movimentação, foram efetivados Marcos Rossi Martins e Paulo Henrique Barbosa Pegas como superintendentes da Área de Indústria e Serviços (AI) e Área de Crédito (AC) respectivamente, além da recente promoção de Lidiane Delesderrier Gonçalves para chefiar a Área de Desestatização e Estruturação de Projetos (ADEP), efetuada em 4 de junho.

Houve também um rodízio de cargos entre os superintendentes. Maurício Neves sai da área de Planejamento e assume a área de Suporte de Negócios (ASN), Fernando Lavrado, deixa ASN e assume a área de Tecnologia da Informação (ATI) e Carlos Cotovio, que deixa ATI, e será indicado ao Conselho de Administração para assumir a Auditoria Interna.

Dos 20 cargos de chefia de Áreas existentes, a presença de mulheres desde o início do ano sobe de 4 para 7, aumentando a representatividade feminina na alta administração do BNDES.

Por BNDES

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